História

TERRITÓRIO E COMUNIDADE

Definição de paróquia é dada pelo Código de Direito Canónico que declara: «Paróquia é uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, e seu cuidado pastoral é confiado ao pároco como a seu pastor próprio, sob a autoridade do Bispo diocesano.»

Situada na margem esquerda do rio Douro, a freguesia de São Pedro da Afurada é a mais pequena em área do concelho de Vila Nova de Gaia. O lugar surge desde cedo registado nos forais de 1255, 1288 e 1518. A fixação de uma comunidade composta por pescadores de outras geografias costeiras e motivados pelos recursos naturais, ganha aqui uma nova expressão na segunda metade do século XIX.

O exponencial crescimento demográfico e o limitado espaço disponível para a construção de um aglomerado de maiores dimensões conduziram a uma acentuada transformação do território, através da conquista de terrenos ao leito do rio, pela deposição de entulhos, configurando uma malha urbana muito particular.

Ao longo do tempo, com uma identidade moldada pelo quotidiano de um contexto piscatório, surgem na Afurada equipamentos de apoio à comunidade.

Nos finais do século XIX é construída a creche que acolheu os órfãos do naufrágio de fevereiro de 1892 e edifica-se a antiga capela dedicada a São Pedro, em 1894, na Praceta agora denominada de São Pedro, o padroeiro da localidade. A construção da capela marca o momento de afirmação da comunidade e consagra definitivamente a área mais a norte da atual freguesia.

No ano de 1952 são criadas a paróquia e a freguesia da Afurada, processo que beneficiou do empenho do então pároco, o Padre Joaquim de Araújo (1918-1999).

A comunidade afuradense caracteriza-se pela personalidade forte e por um sentimento religioso vigorosamente enraizado. Empenhados em perpetuar as tradições, aqueles que habitam na Afurada fazem do bordão “Afurada é linda!” um mote identitário que se transmite de geração em geração.

Inauguração da Igreja da Afurada. 10-7-1955.
Projeto dirigido pelo Arq. Carlos Ramos por que muito se interessou D. António Ferreira Gomes para servir uma comunidade de pescadores sem meios para erigir uma igreja convencional.
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