“Quanto aos discípulos,
estavam cheios de alegria e do Espírito Santo.”
(Act 14, 52).
Neste versículo que hoje me dás, apercebo-me que continuas a contar comigo. Não sei ainda para quê, pois não sou capaz de discernir sozinha a tua vontade para mim, mas confio que também a teu tempo a revelar-me-ás.
Ainda nesta minha indefinição consagras-me na tua alegria Pascal através do teu Santo Espírito, dom com o qual me agracias apesar das minhas resistências, hesitações, desconfianças e receios.
Das trevas arrancas-me com a tua luz, da noite das minhas angústias fazes despontar a esperança do dia que fizeste e da morte do meu pecado ressuscitas-me à graça da tua infinita misericórdia.
Estabeleces hoje também a mim como luz para levar a salvação, que pelo teu sacrifício de amor recebemos, até aos confins da terra (Cf. Act 14, 47).
Pagã que fui e que muitas vezes ainda sou, também eu glorifico a tua palavra e te bendigo porque “quando ainda estava no ventre materno, chamaste-me, quando ainda estava no seio da minha mãe pronunciaste o meu nome” (Is 49, 6). Bendigo-te porque, ainda sem tudo perceber, consigo hoje ver todas as maravilhas que vais fazendo em mim.
Nas marés tumultuosas da vida, escondes-me na concha da tua mão e guardas-me na tua aljava (Cf. Is 49, 2). Escreves o meu nome no céu (Cf. Lc 10, 20), tu que me formaste desde o ventre materno para ser tua serva (Cf. Is 49, 5). Em ti está o meu direito e a minha recompensa (Cf. Is 49, 4), tu que és a minha força (Cf. Is 49, 5).
Só em ti encontro repouso para os cansaços da vida e só tu tornas leve o meu fardo, dando-me a experimentar a mansidão e humildade do teu coração, lugar onde albergas a inesgotável fonte do teu amor (Cf. Mt 11, 28-30)!
Que toda a minha vida seja, pois, um salmo de ação de graças e de louvor em nome do Pai que a todos criou, em nome do Filho que a todos salvou e em nome do Espírito Santo que, no amor do Pai e do Filho, nos consagrou!
Aleluia! Aleluia!
Fonte | IMISSIO