Iniciação Cristã

Batismo

O Santo Batismo é a base de toda a vida cristã, a porta de entrada para a vida no Espírito e a porta de acesso aos outros sacramentos. Por meio do Batismo, somos libertos do pecado e renascemos como filhos de Deus; tornamo-nos membros de Cristo, somos incorporados na Igreja e tornados participantes na sua missão: “O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na palavra”. 

Se você tem um filho que precisa ser batizado, entre em contato com o Pároco.

Se você é um adulto que busca o sacramento do batismo, entre em contato com Pároco.

Catecismo da Igreja Católica:

CC 1213 – 1284

Leituras na Bíblia:

Mt 3,13-17; 28, 19-20; Jo 3, 1-8; At 8,36-37; Rm 6,3-11; Gl 3,26-27

Crisma ou Confirmação

O Batismo, a Eucaristia e o sacramento da Confirmação constituem os «sacramentos da iniciação cristã», cuja unidade deve ser salvaguardada. Deve ser explicado aos fiéis que a receção do sacramento da Confirmação é necessária para a realização da graça batismal. Pois “pelo sacramento da Confirmação, [os batizados] estão mais perfeitamente ligados à Igreja e são enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo. Portanto, eles são, como verdadeiras testemunhas de Cristo, mais estritamente obrigados a divulgar e defender a fé por palavra e ação. ”

No Crisma recebemos os 7 principais dons do Espirito Santo.

Dons do Espírito Santo:

1- Dom de Ciência
O dom da ciência faz que o cristão penetre na realidade deste mundo sob a luz de Deus; vê cada criatura como reflexo da sabedoria do Criador e como caminho a Deus. Leva o homem a compreender o vestígio de Deus que há em cada ser criado. O homem foi feito para Deus e só n’Ele pode descansar, como disse Santo Agostinho. Por este dom o cristão reconhece o sentido do sofrimento e das humilhações no plano de Deus, que liberta e purifica o homem.

2- Dom do Entendimento / Inteligência
O dom do entendimento ou inteligência nos ajuda a penetrar no íntimo das verdades reveladas por Deus e entendê-las. Por ele o cristão contempla os mistérios da fé. É um entendimento diferente daquele que o teólogo obtém pelo estudo; o que é penoso e lento. O dom da inteligência é eficaz mesmo sem estudo; é dado aos pequeninos e ignorantes, desde que tenham grande amor a Deus.
Por esse dom conhecemos os nossos pecados e a nossa miséria. Os santos, quanto mais se aproximaram de Deus, mais tiveram consciência do seu pecado ou da sua distância de Deus.

3- Dom da Sabedoria
O dom da sabedoria nos dá um conhecimento da verdade revelada por Deus. Abrange todos os conhecimentos do cristão e os põe sob a luz de Deus, mostra a grandeza do plano do Criador e a sua onipotência. Vem da intimidade com o Senhor.

4- Dom do Conselho
O dom do conselho permite ao cristão tomar as decisões oportunas nas horas difíceis da vida, para que se comporte como verdadeiro filho de Deus. Isso, às vezes, exige coragem. Pelo dom do conselho o Espírito Santo nos inspira a maneira correta de agir no momento oportuno. “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo o que existe debaixo dos céus tem a sua hora […]” (Ecl 3, 1-8); fora desse momento preciso, o que é oportuno pode tornar-se inoportuno; nem sempre é fácil discernir se é oportuno falar ou calar, ficar ou partir, dizer “sim” ou dizer “não”.

5- Dom da Piedade
O dom da piedade nos orienta em todas as relações que temos com Deus e com o próximo. São Paulo se refere a isso: “Recebestes o Espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: Abbá ó Pai” (Rm 8,15). O Espírito Santo, mediante o dom da piedade, nos faz, como filhos adotivos de Deus, reconhecer Deus como Pai. E, pelo fato de reconhecermos Deus como Pai, consideramos as criaturas com olhar novo. Este dom nos leva a considerar o fato de que Deus é sumamente santo e sábio: “Nós vos damos graças por vossa grande glória”. É o dom da piedade que leva os santos a desejar, acima de tudo, a honra e a glória de Deus. “Para que em tudo seja Deus glorificado”, diz São Bento. E Santo Inácio de Loiola exclama: “Para a maior glória de Deus”. É também o dom da piedade que desperta no cristão a inabalável confiança em Deus Pai, como, por exemplo, Santa Teresinha. Este dom leva o cristão a ver o outro como irmão e a amá-lo como filho de Deus.

6- Dom da Fortaleza
O dom da fortaleza nos dá força para a fidelidade à vida cristã, cheia de dificuldades. Jesus disse que “o Reino dos céus sofre violência dos que querem entrar, e violentos se apoderam dele” (Mt 11,12). Pelo dom da Fortaleza o Espírito Santo nos dá a coragem necessária para a luta diária contra nós mesmos, nossas paixões e problemas, com paciência, perseverança, coragem e silencio. Nos dá forças além das naturais. Esta força divina transforma os obstáculos em meios e nos dá a paz mesmo nas horas mais difíceis. Foi o que levou São Francisco de Assis a dizer: “Irmão Leão, a perfeita alegria consiste em padecer por Cristo, que tanto quis padecer por nós”.

7- Dom do Temor
O dom do temor de Deus nos leva a amá-Lo tão profundamente que tenhamos receio de ofendê-Lo. Nada tem a ver com o temor do mercenário ou o temor do castigo (do escravo); mas é o temor do amor do filho. É a rejeição que o cristão experimenta diante da possibilidade de ofender a Deus; brota das entranhas do amor. Não há verdadeiro amor sem este tipo de temor. Medo de ofender o Amado. Pelo dom do temor de Deus a vitória é rápida e perfeita, pois é o Espírito que move o cristão a dizer “não” à tentação. O dom do temor de Deus está ligado à virtude da humildade, que nos faz conhecer nossa miséria, impede a presunção e a vã glória, e assim, nos torna conscientes de que podemos ofender a Deus; daí surge o santo temor de Deus. Ele se liga também à virtude da temperança; combate a concupiscência e os impulsos desordenados do coração, para não ofender e magoar a Deus.

Catecismo da Igreja Católica:

CC 1285 a 1321

Leituras na Bíblia:

At2,1-11; 8,14-17;19,1-7

Eucaristia

A sagrada Eucaristia completa a iniciação cristã. Aqueles que foram elevados à dignidade do sacerdócio real pelo Batismo e configurados mais profundamente a Cristo pela Confirmação participam com toda a comunidade no próprio sacrifício do Senhor por meio da Eucaristia. “Na Última Ceia, na noite em que foi traído, nosso Salvador instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e Sangue. Isso Ele fez para perpetuar o sacrifício da cruz através dos tempos até que Ele voltasse, e assim confiar à sua amada Esposa, a Igreja, um memorial de sua morte e ressurreição: um sacramento de amor, um sinal de unidade , um vínculo de caridade, um banquete pascal ‘no qual Cristo é consumido, a mente se enche de graça e uma promessa de glória futura nos é dada’ ”.

Catecismo da Igreja Católica:

CC 1322 a 1419.

Leituras na Bíblia:

Jo 6,22-71; Mt 26, 26-28; Mc 14, 22-25; Lc 22, 19-20; I Cor 11,23-25.